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Medipreço capta R$ 5,5 milhões para dar escala ao benefício corporativo de medicamentos

Rodada de investimentos foi liderada pela Valutia, um fundo de venture capital com foco em empreendedores do Nordeste

A Medipreço, uma startup que desenvolveu um benefício corporativo que oferece descontos em medicamentos, acaba de levantar R$ 5,5 milhões para escalar o modelo. A Valutia, um fundo de venture capital de early stage com foco em empreendedores do Nordeste, liderou a rodada.

A rodada contou com a participação da OSinova Participações, braço de corporate venture capital do Grupo Odilon Santos, e de um grupo de investidores especializados em em saúde e bem-estar.

“Estamos vendo que as empresas que procuram a Medipreço estão cada vez mais preocupadas com a saúde e bem-estar dos seus colaboradores, buscando alternativas para trazer benefícios de alto impacto, alinhando inteligência de dados com apoio estratégico para melhor tomada de decisão”, diz Alexandre Máximo, o fundador da startup.

Para ter acesso ao benefício, quem paga é a empresa. O custo gira em torno de R$ 1,99 até R$ 9,99 por vida e depende da quantidade de serviços que a companhia quer ter da Medipreço, o que pode incluir acesso à plataforma de descontos e estrutura física no escritório para facilitar a retirada de compras.

A healthtech pluga o seu sistema nos distribuidores farmacêuticos e negocia preços diretamente com esses agentes, que usam sua logística própria para abastecer as farmácias que estão dentro do programa de descontos. Na prática, isso significa que a Medipreço garante a reposição de estoque a um preço diferenciado para as drogarias, que conseguem repassar esse desconto direto ao consumidor no momento da compra. A média de desconto direto no carrinho fica em torno de 62%.

Com base no comportamento de compra dos colaboradores, a Medipreço elabora um relatório cruzando as substâncias e princípios ativos dos medicamentos com doenças, que é entregue aos gestores das empresas parceiras. “Chamamos de perfil epidemiológico da empresa”, explica Máximo.

A healthtech foi fundada em 2018 por Máximo, Bruno Souza de Oliveira, Ademir Gouveia e Wilson Brito. Ela começou com um desenho de marketplace de farmácia por assinatura, mas logo os empreendedores descartaram a ideia e pivotaram para o modelo de benefício corporativo, que começou a ser negociado no início de 2020.

Um dos principais benchmarks para a startup é a americana Pillpack. A empresa foi comprada pela Amazon em 2018 por US$ 753 milhões — na época, o Walmart tentou entrar na disputa, mas o cheque da gigante de Bezos venceu. O modelo da Pillpack é similar, oferecendo descontos em medicamentos, mas a apresentação é diferente: os pacientes enviam as receitas para a plataforma e a companhia se encarrega por entregar os remédios separando as pílulas em embalagens por dia e horário e também instruções de ingestão.

Atualmente, 35 empresas utilizam o produto da Medipreço, incluindo Danone, Creditas, Leroy Merlin e Hypera Farma. A base de elegíveis já soma 200 mil vidas, um aumento frente às 20 mil registradas no fim do ano passado. Com o dinheiro do aporte, a ideia é expandir a operação investindo em tecnologia e marketing.

Apesar de não ter nenhuma oferta no horizonte, Máximo não descarta um M&A e afirma que já foi abordado por investidores estratégicos. O fundador vislumbra uma nova rodada no primeiro trimestre do ano que vem para levar a operação a outro patamar e, segundo ele, “ter um domínio completo do mercado corporativo de benefício em farmácia”.

Fonte: Pipeline Valor

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