Ao Pipeline, o cofundador e CEO da Pomelo, Gaston Irigoyen, disse que, num momento particularmente ruim para o mercado de tecnologia, o capital levantado dá fôlego para seguir com a expansão. “Teremos muito mais de dois anos e meio para usar esse dinheiro. Podemos recrutar, continuar a expansão internacional, investir no Brasil e no restante da América Latina, independentemente do contexto macroeconômico.”
Para o diretor de operações da fintech, John Paz, o crescimento rápido se deve ao foco em tecnologia. Atualmente, cerca de 75% dos 300 funcionários trabalha na área. “Nossa capacidade de inovação é muito rápida e isso faz com que sejamos um player extremamente inovador.”
De modo geral, o negócio principal da Pomelo é cuidar do “backend”, facilitando o lançamento de verticais financeiras dentro das empresas, independentemente do setor, e até mesmo de fintechs. Os serviços incluem desde oferta de produtos à regularização com o sistema financeiro nacional, tornando muito mais atraente a contratação o serviço da startup do que o desenvolvimento da solução dentro de casa — o que poderia levar meses ou alguns anos.
Irigoyen, um ex-Google, e Hernan Corral, um ex-Mercado Pago, conheceram-se no Naranja X, um dos principais bancos digitais da Argentina, e viveram na pele o problema de infraestrutura. Juan Fantoni, o terceiro sócio, também sofreu ao lidar com a integração de grandes varejistas enquanto foi diretor de parcerias digitais na Mastercard.
Com o dinheiro levantado, a fintech quer expandir alguns mercados, como o colombiano e o peruano, recentemente adicionados ao portfólio. Entre os clientes, estão startups como Rappi, Bitso, GBM e Agrotoken.
Fonte: Pipeline Valor