André Corrêa do Lago afirmou nesta segunda-feira, 4, que país também deve fomentar a bioeconomia entre o bloco
Desde o primeiro dia de dezembro, o Brasil assumiu a presidência temporária do G20, que congrega as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. É imperativo que o governo brasileiro aproveite essa oportunidade para destacar a importância do financiamento climático e do desenvolvimento sustentável.
Durante um painel na COP28, o embaixador André Corrêa do Lago destacou a necessidade de a liderança brasileira estabelecer uma força-tarefa global contra as mudanças climáticas, buscando integrar abordagens tanto do setor público quanto do privado.
Conforme o diplomata especializado em negociações ambientais, a força-tarefa será em breve apresentada, visando coerência política e técnica, sem, no entanto, interferir nas negociações climáticas multilaterais.
“O Brasil, ao assumir a presidência do G20, tem como principal preocupação não interferir nas negociações. Portanto, a lógica das negociações deve ser preservada. No caso das mudanças climáticas, trata-se de uma negociação com regras muito específicas, negociadas ao longo de muitos anos, e não podemos minar o processo multilateral”, afirmou o embaixador.
Adicionalmente, revelou-se que o Brasil planeja lançar uma iniciativa sobre bioeconomia no âmbito do G20, visando liderar as discussões relacionadas ao tema.
Corrêa do Lago também ressaltou a importância de fortalecer os esforços tanto dentro do G20 quanto nos contextos do BRICS e do BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China). Para atingir esse objetivo, o país deverá trabalhar incansavelmente até 30 de novembro de 2024, quando encerra o mandato na presidência do G20.
Além de André Corrêa do Lago, participaram do painel Adriana Abdenur, assessora especial da Presidência da República; Carlos da Fonseca, secretário de Relações Institucionais da Presidência; Ivan Oliveira, subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda; Maiara Folly, co-fundadora da Plataforma CIPÓ e Sandra Paulsendo, coordenadora do Ipea.
Fonte: Exame