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No IPO da TPG, um desconto para o private equity pure-play

Gestora deve levantar até US$ 877,6 milhões em oferta primária e secundária

Depois de quase uma década de planejamento, o IPO da TPG finalmente vai sair. A gestora de private equity americana que tem mais de US$ 109 bilhões de ativos sob gestão e aposta em companhias como Uber, Spotify e Airbnb, lançou hoje a oferta e pode chegar à Nasdaq com valuation de US$ 9,52 bilhões.

O IPO pode levantar até US$ 877,6 milhões com a venda de 28,31 milhões de ações na tranche primária e 5,59 milhões de ações na tranche secundária, numa faixa de preço vai de U$ 28 a US$ 31 por papel. A acionista vendedora é a China Trustee.

A capitalização será um naco dos US$ 150 bilhões que a rival Blackstone vale em bolsa, graças a um volume de ativos seis vezes maior sob gestão na concorrente. Deve-se também ao perfil dos investimentos. Enquanto a TPG é basicamente um pure play de private equity, com aquisições alavancadas e dependência dos fees desse perfil de fundo, Blackstone, KKR, Carlyle e Apollo avançaram em outros segmentos que garantem alguma estabilidade ou ao menos diversificação de fontes de receita, como crédito, real estate e até seguros.

A gestora até atua em segmentos como o imobiliário, mas 80% do seu negócio é o private equity “tradicional”. Investidores acreditam que isso possa dar à TPG múltiplos menores do que os das concorrentes listadas, segundo o Financial Times e o Wall Street Journal. Mas o histórico de retornos ao longo de 30 anos da companhia fundada por David Bonderman e Jim Coulter pode ajudar a TPG a atrair investidores. Nos primeiros nove meses do ano passado, foram US$ 750 milhões em taxa de performance.

Além disso, a demanda por ativos de private equity aumentou recentemente no mercado americano, com uma série de listagens e reestruturações societárias, puxadas também pelo boom de M&As. A alta das ações das grandes gestoras animou a estreia de casas como Blue Owl e Bridgepoint. “Eu não ficaria surpreso em ver um aumento na popularidade de ativos de ‘capital privado público’ nos próximos anos”, afirmou Josh Lerner, professor na Harvard Business School, ao FT.

Convencer investidores deve ser mais simples para a TPG do que operar no Brasil. O private equity, que opera em mais de 30 países, já fez duas tentativas por aqui e, assim como KKR e mais recentemente Carlyle, bateu em retirada. As três fecharam seus escritórios no país – no caso do Carlyle, a operação foi absorvida pela gestora SPX. A Blackstone também reduziu claramente seu interesse, desmontando a estrutura local de real estate e vendendo participação no Pátria, enquanto a Apollo opera por meio de um sócio local, a Starboard. No exterior, por outro lado, os fundos de participação dessas casas ficam cada vez maiores.

Bonderman já tinha seus 50 anos quando fundou a TPG e está prestes a completar 80 anos, na cadeira de chairman. Coulter, que até recentemente era co-CEO, passou a se dedicar ao fundo de impacto da casa. Baseada em São Francisco e em Forth Worth, no Texas, a gestora pode precificar o IPO na próxima quarta-feira.

Fonte: Pipeline Valor

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