A dona da rede recebeu carta da estatal que diz que o contrato de uso da marca não será renovado
A emblemática marca da Petrobras, caracterizada pelo BR dentro de um quadrado nas cores verde e amarela, deixará de adornar os postos de combustíveis associados à empresa. A Vibra, a atual proprietária da rede de postos, recebeu uma correspondência da estatal de petróleo ontem, informando que não tem intenção de renovar o contrato de licenciamento da marca nos termos atuais, o qual expira em 28 de junho de 2029.
Vale ressaltar que a Vibra é a antiga BR Distribuidora, anteriormente uma subsidiária da Petrobras, criada durante o governo militar para gerenciar os postos com a bandeira da estatal. Até 2017, durante o governo Temer, a Petrobras era a única detentora da BR Distribuidora, tendo vendido 30% das ações em uma oferta pública.
No início do governo Bolsonaro, em julho de 2019, a Petrobras reduziu sua participação na BR Distribuidora para 41%, perdendo assim o controle da empresa em uma nova oferta. Em junho de 2021, a Petrobras alienou as últimas ações que possuía na BR Distribuidora, tornando-a uma empresa totalmente privada. A mudança de nome ocorreu dois meses depois.
Ambas as empresas mantêm um contrato de uso da marca Petrobras desde junho de 2019, iniciado um mês antes da estatal perder o controle acionário. O acordo foi renovado em junho de 2021, coincidindo com o período em que a Petrobras deixou de ser acionista.
Atualmente, a rede de postos possui 8.383 unidades, conforme o balanço da Vibra para o terceiro trimestre. No relatório que acompanha o balanço, a companhia expressou seu compromisso com as renovações contratuais e a atratividade da bandeira Petrobras.
No entanto, a Vibra destaca que o término do contrato em 2029 não altera a estratégia da empresa em relação aos revendedores e clientes. A empresa enfatiza que essa possibilidade já estava contemplada nos planos de médio e longo prazo, conforme previsto no contrato, que permite que as partes comuniquem a decisão de não renovar até 24 meses antes do término da vigência.
Fonte: Pipeline Valor