Produtores de combustíveis são obrigados a partir desta segunda-feira, 3, a oferecer gasolina automotiva de melhor qualidade, menos nociva aos motores e ao meio ambiente. A mudança está prevista em resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e deve atingir, principalmente, a Petrobras, que domina a produção de derivados de petróleo no Brasil, e importadores.
Mais eficiente do que a comercializada até então, a nova gasolina melhora a autonomia do veículo, que, com isso, consome menos combustível. Além disso, a partir da sua oferta no mercado, fica mais fácil também para as empresas montadoras de veículos utilizarem tecnologias de motores de melhor qualidade, com capacidade de reduzir as emissões atmosféricas.
Para o consumidor final, no entanto, o produto deve sair mais caro. Por enquanto, ainda é possível encontrar a “velha gasolina” nos postos. As distribuidoras têm mais 60 dias de adaptação e os revendedores, 90 dias.
A revisão da especificação da gasolina automotiva envolve, principalmente, três pontos. O primeiro é o estabelecimento de valor mínimo de massa específica (ME), de 715,0 kg/m?, o que significa mais energia e menos consumo.
O segundo é o valor mínimo para a temperatura de destilação em 50% (T50) para a gasolina A (vendida pelas refinarias), de 77ºC. Os parâmetros de destilação afetam questões como desempenho e aquecimento do motor.
O terceiro ponto é a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já presente nas especificações da gasolina de outros países.
Estadão Conteúdo