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Pandemia altera os benefícios que as empresas oferecem aos funcionários

A pandemia do novo coronavírus alterou rapidamente a rotina das empresas, mudando regras de distanciamento em fábricas e levando grande parte dos funcionários de escritórios para o home office. Num cenário até então inédito, as companhias passaram a repensar ainda mais as necessidades de trabalho, saúde física e mental dos empregados.

Para entender o resultado das mudanças, a consultoria Willis Towers Watson lança a pesquisa “Covid-19: impacto nos negócios e nos benefícios”, com 196 empresas participantes, que juntas empregam 724 mil pessoas no Brasil.

“As informações coletadas mostram que os empregadores passam a estar mais preocupados com a segurança física e emocional dos funcionários, e como a gestão correta dos subsídios é essencial num momento como o atual”, diz Walderez Fogarolli, diretora da área médica da Willis Towers Watson. Veja abaixo os dados (passe o mouse sobre o gráfico para a leitura completa) divulgados com exclusividade por EXAME.

Primeiramente, quando se fala dos impactos gerados pelo novo coronavírus nos negócios em geral, poucas são as empresas que conseguiram perceber melhores resultados em seis meses. E, 34% delas não conseguem imaginar o impacto num período de dois anos.

A partir das dificuldades no desempenho financeiro, ou mesmo o medo da recessão econômica, 55% das empresas passaram a tomar ações como congelar ou reduzir as contratações, sendo que apenas 10% tiveram que aumentar as contratações. Outra iniciativas muitas vezes não foram consideradas por parte das companhias.

Apesar disso, a maioria dos empregadores pretende continuar oferecendo os benefícios atuais aos funcionários, sendo o seguro de vida o mais importante, seguido da assistência médica. “Muitas empresas já haviam entendido a importância dos benefícios de saúde física e mental, a pandemia acelerou a facilidade de acesso e adoção desses serviços”, afirma René Ballo, líder da área de benefícios da Willis Towers Watson.

O serviço online de saúde mental, por exemplo, é alta prioridade de 73% das entrevistadas, seguida da telemedicina.

Das respondentes da pesquisa, 46% fizeram alterações nos programas de benefícios e 52% pensam em fazer nos próximos seis meses por conta da covid-19 e também da crise econômica.

“O empregador quer reforçar o que já existe, e implementar um plano de comunicação mais assertivo que incentive a participação de todos e, consequentemente, prova a melhoria dos resultados”, diz Fogarolli.

As empresas, de modo geral, estão focadas em aprimorar os programas para que possam ser usados também no home office, sendo que melhorar os serviços de saúde mental e gestão de estresse/capacidade de resiliência é o objetivo de 58%.

Promover recursos financeiros adequados aos funcionários para que a saúde mental não seja afetada também é um objetivo. Para isso, os custos também são estudados:

“O trabalho remoto muda a necessidade dos trabalhadores. Atualmente, é mais vantajoso priorizar os serviços online do que a disponibilidade de estacionamento, por exemplo. Tudo necessita ser revisto pelo empregador e grande parte deles entende isso”, diz Ballo.

Fonte: Exame

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