Instituição financeira emprestou 4,98 bilhões de reais para mais de 60.000 empresas até esta sexta-feira
Pela segunda vez nesta semana, o Banco do Brasil esgotou o limite de crédito que pode emprestar aos clientes por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). É mais um sinal da escassez de crédito enfrentadas pelos empreendedores brasileiros desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Após ter atingido o teto de 3,74 bilhões de reais na quarta-feira, 8, o banco conseguiu do Tesouro Nacional um novo limite de 1,24 bilhão na última quinta-feira. E, em cerca de 24h, liberou todo o crédito a cerca de 20.000 micro e pequenas empresas.
A Caixa Econômica Federal, que atingiu o teto de 3,18 bilhões de reais ao meio dia de quinta-feira, conseguiu também uma uma liberação do Ministério da Economia para extender o limite a 4,24 bilhões de reais. Pedro Guimarães, presidente da Caixa, informou em entrevista à EXAME que o banco está emprestando, em média, 500 milhões de reais por dia para micro e pequenas empresas na linha.
Antes da concessão de novo limite, Carlos Motta, vice-presidente de negócios e varejo do BB, disse que a instituição financeira tinha um apetite comercial maior para avançar com a linha de crédito, caso o ministério fosse revisar sua estratégia junto ao Fundo Garantidor de Operações (FGO), operacionalizado também pelo banco.
A divisão inicial do ministério previa que cada um dos grandes bancos operasse um quinto do programa. Caixa e Banco do Brasil foram os primeiros a operar a linha. Na última quinta-feira, 9, Itaú começou a disponibilizar o crédito pelo Pronampe a seus clientes. Em um dia, o banco emprestou 2 bilhões de reais a cerca de 17.000 micro e pequenas empresas, cerca de 70% do total disponível.
Os outros dois grandes bancos privados, Bradesco e Santander, por sua vez, afirmam que devem iniciar a linha, respectivamente, no final de julho e no começo de agosto.
O Pronampe foi criado para facilitar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas brasileiras. Segundo o Sebrae, até junho, só 16% das empresas desse porte que procuraram crédito conseguiram.
A lei foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 19 de maio. O projeto que deu origem é de autoria do Senado e foi aprovado no Congresso no fim de abril. O objetivo da linha de crédito com condições facilitadas para essas empresas é assegurar capital para que mantenham os empregos durante o período de calamidade pública decorrente da pandemia.
Fonte: Exame