A portuguesa Galp entra no mercado de energia renovável no Brasil com a aquisição de dois de projetos solares no país em desenvolvimento nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte, somando 594 MW em capacidade de produção, segundo comunicado divulgado pela companhia nesta quarta-feira.
Os dois projetos têm previsão de entrar em operação antes de 2025, sendo a unidade baiana com capacidade de 282 MW em geração; o potiguar, de 312 MW. A operação, diz a Galp, vai contribuir no projeto de descarbonização do negócio da companhia, que tem a meta de alcançar emissão zero a partir de 2020 a partir do aumento da operação em novas energias e renováveis.
A companhia traça seus negócios em linha com as maiores do setor, como Shell, Total e BP Energy, em meio à transição energética com objetivo de substituir fontes baseadas em combustíveis fósseis por outras que garantam a emissão de gases de efeito estufa.
No total, a compra das duas unidades de geração de energia solar no Brasil ampliam a capacidade total da Galp em energia renovável para 4,7GW, somando as operações também em Portugal e Espanha. Atualmente, há aproximadamente 1GW em operação. A meta é que essa número suba a 4GW em 2025, alcançando 12GW até 2030.
No Brasil, a geração solar já equivale a 2,2% da matriz elétrica do país, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). E estimativa é que essa fatia cresça par 2,6% até o fim deste ano.
Neste mês de outubro, o segmento já acumula cinco recordes. A geração média no Nordeste alcançou 1.001 MW em geração no último dia 7, o equivalente a 7,9% da demanda da região, superando a marca de dois dias antes, quando alcançou 967 MW. No dia 5, porém, o Sistema Interligado Nacional (SIN) teve o melhor resultado em geração solar média já registrado, de 1.322 MW, atendendo a 1,8% da demanda total por eletricidade no Brasil.
O Sudeste também bateu um recorde de geração. No dia 3 de outubro, alcançou 1.068 MG de geração solar média, 3,1% da demanda regional.
Fonte: O Globo