Segundo o comunicado, os serviços serão descontinuados a partir do dia 31 de janeiro
A SouthRock, empresa responsável pela operação da Starbucks no Brasil, está comunicando aos clientes o encerramento de vários serviços da rede de cafeterias. Em um e-mail oficial, a empresa informou que o programa de fidelidade, o aplicativo e o Starbucks Card serão descontinuados a partir de 31 de janeiro de 2024.
Conforme o comunicado, os pontos acumulados no programa de fidelidade, denominado “Rewards”, e os saldos nos cartões Starbucks devem ser utilizados até a data estabelecida pela empresa.
Essa decisão ocorre em um momento desafiador para a SouthRock no país. A empresa, que também gerencia o Eataly e a Subway no Brasil, encontra-se em processo de recuperação judicial, enfrentando uma dívida estimada em R$ 1,8 bilhão.
De acordo com a empresa, a crise econômica no Brasil, decorrente da pandemia, a inflação e as altas taxas de juros têm agravado os desafios do negócio. O plano de recuperação foi aprovado no início de dezembro.
Em resposta à EXAME, a SouthRock confirmou a descontinuação dos serviços, explicando que faz parte do processo de reestruturação em curso. A empresa reiterou seu compromisso com os clientes, assegurando que a interrupção dos programas seguirá os Termos e Condições estabelecidos, bem como todas as obrigações legais.
Quanto ao futuro das lojas remanescentes da Starbucks no Brasil, que atualmente são 144, permanece incerto. A SouthRock afirma que continua operando normalmente, apesar do fechamento de 43 lojas. No entanto, a dúvida no mercado gira em torno das licenças para o uso da marca. No pedido de recuperação judicial, a empresa explicou que a Starbucks Coffee International, detentora global da operação, rescindiu os direitos de uso da marca devido a inadimplência.
O documento apresentado pela Starbucks Coffee International afirma que os acordos de licença foram rescindidos, garantindo aos solicitantes o direito de explorar e operar as lojas da marca Starbucks no Brasil. No entanto, a SouthRock está buscando reverter essa decisão nos tribunais, alegando que a continuidade das operações é “absolutamente essencial” para viabilizar a reestruturação do passivo, que totaliza R$ 1,8 bilhão.
Fonte: Exame