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Redes e indústria projetam novo varejo

E retomada da expansão no segundo semestre

“A farmácia cada vez mais passará a ser vista como um estabelecimento de promoção e prevenção da saúde”. É o que afirma Eugenio De Zagottis, vice-presidente de planejamento corporativo da RD – Gente, Saúde e Bem-Estar, proprietária das redes Droga Raia e Drogasil.

O executivo foi um dos convidados do webinar promovido pela XP Investimentos, que discutiu os desafios do setor farmacêutico frente à pandemia de Covid-19. Ele enfatizou ainda o papel de destaque das farmácias como postos auxiliares de vacinação contra a gripe e que, em breve, também poderão inclusive oferecer serviços de testes rápidos para detecção do novo coronavírus.

Realizada nesta segunda-feira, 30 de março, a live setorial também contou com a participação de Sammy Birmacker, presidente da distribuidora de medicamentos Profarma e da d1000 varejo farma (Drogasmil, Farmalife e Drogaria Rosário); e de Eder Maffissoni, presidente da Prati-Donaduzzi. A mediação ficou a cargo de Rodrigo Toledo, Henrique Galvani, Paulo Maranesi, Pedro Fagundes e Pedro Mesquita, da XP.

O consenso geral é de que, ao final da pandemia da Covid-19, o varejo será muito mais digital e tecnológico, dos dois lados do balcão. “O cliente passará a consumir mais por meio de aplicativos, assim como a equipe de vendas terá que aprender a lidar com as novas formas de trabalho, como a telepropaganda e a videoconferência”, comenta Birmacker.

De acordo com Maffissoni, a prescrição eletrônica poderá mudar a forma como vemos o e-commerce atualmente. Já a telemedicina também será outro ponto a favor. “Haverá um salto de evolução em processos de forma irreversível”, afirma.

Questionado sobre a postura das farmácias independentes em relação a estoques, o CEO da Profarma alerta para cautela num período em que qualquer iniciativa pode representar risco. “O que vale neste momento é investir em produtos de inverno e naqueles relacionados à Covid-19”, ressalta Birmarcker.

Sobre os planos de expansão, tanto a RD como a d1000 afirmaram que buscarão compensar as aberturas de lojas no segundo semestre. A RD tem planos de inaugurar 240 pontos de venda em 2020 e também abrirá um centro de distribuição em Porto Alegre.

Redes e indústria projetam novo varejo e retomada da expansão no segundo semestre
Sammy Birmarcker (Profarma e d1000)

Já em relação ao reajuste de preço de medicamentos, De Zagottis enfatizou que a Droga Raia e a Drogasil não promoverão aumento de preços em abril. “Não há a mínima condição moral de aumentar o preço para um consumidor que está inseguro em relação à sua saúde e suas condições econômicas”, afirma o executivo. Para Birmarcker, o que se pode fazer é virar a tabela e aumentar o desconto, dosando de forma estratégica. “Defendemos que ele seja postergado para o final da crise, mais isso é uma atitude que o governo teria que tomar”, avalia.

Redes e indústria projetam novo varejo e retomada da expansão no segundo semestre
Eder Maffissoni, presidente da Pratti-Donaduzzi

Para Maffissoni, a pandemia fez com que a Prati-Donaduzzi acelerasse alguns projetos internos. Para evitar riscos de desabastecimentos e diminuir a dependência por insumos provenientes da China e Índia, a farmacêutica está desenvolvendo um projeto de instalação de uma farmoquímica em Toledo (PR), onde já está realizando tentativas de sintetização da cloroquina adquirindo insumos intermediários.

No Brasil, 90% dos insumos farmacêuticos ativos são provenientes da Ásia e essa dependência em função do lockdown exigiu a mudança de modal do marítimo para o aéreo. “Se o quilo da matéria-prima é de US$ 0,40 no marítimo, no aéreo, em vias normais, custa US$ 9. Hoje estamos pagando US$ 20. O frete se multiplicou e tem gerado um impacto significativo. A azitromicina, que no mês passado pagávamos US$ 200, agora está a US$ 320”, finaliza o presidente.

Fonte: Panorama Farmacêutico

Foto: Eugenio De Zagottis, vice-presidente de planejamento corporativo da RD –

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