No momento em que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é pressionado por investidores para reagir a queimadas e ao desmatamento na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pede reforço de R$ 230 milhões para não travar, a partir de agosto, ações de preservação na região.
Em ofício enviado em 29 de junho ao ministro da Economia, Paulo Guedes, obtido pelo Estadão, Salles afirma que, sem o dinheiro, o governo ficará exposto no período em que mais necessita de força para executar ações de prevenção nas florestas.
O pedido do Meio Ambiente será avaliado neste mês pela JEO (Junta de Execução Orçamentária), que reúne Guedes, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e técnicos do governo que lidam com Orçamento. A Economia não informou quando será feita a reunião.
“Essa situação, a falta de limite de pagamento, exporá este Ministério durante o período de maior incidência de queimadas, especialmente na região da Amazônia Legal, que vai dos meses de agosto a outubro, ou seja, na fase que demanda uma maior necessidade de financeiro para operacionalizar as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais”, disse Salles a Guedes.
O ministro do Meio Ambiente afirma que está com as contas “comprometidas” por repasse de R$ 230 milhões feito aos nove estados da Amazônia Legal, em janeiro, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O recurso tinha como origem o fundo da Lava Jato.
Coordenador do Conselho da Amazônia e da Operação Verde Brasil 2, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) tem liderado reuniões com investidores e membros do governo para mostrar reação a preocupações sobre o meio ambiente.
Fonte: UOL