A Shein está prestes a lançar suas ações nos Estados Unidos, alcançando um marco significativo ao obter aprovação dos reguladores chineses em 12 de janeiro. A varejista chinesa, avaliada em US$ 66 bilhões, busca uma avaliação pública superior a US$ 90 bilhões, após registrar seu pedido de IPO nos EUA em junho do ano passado.
Essa aprovação é particularmente crucial em meio às tensões entre Estados Unidos e China, onde várias empresas asiáticas enfrentam desafios para operar no mercado americano. A Shein, agora, enfrenta o desafio de convencer os reguladores dos EUA para listar suas ações na Nasdaq ou na Nyse, ambas disputando por IPOs em 2024.
A empresa enfrenta obstáculos, incluindo a necessidade de afastar acusações de irregularidades, como trabalho forçado em sua linha de produção e uso indevido de propriedade intelectual de designers independentes. Além disso, a origem do algodão utilizado em suas roupas, proveniente da região de Xinjiang, na China, levanta preocupações devido a evidências de tortura e trabalho forçado, resultando em desafios adicionais nos Estados Unidos.
A Shein também impactou o mercado de moda nos EUA, competindo diretamente com gigantes como a Amazon, que já anunciou reduções nas taxas para seus vendedores em resposta à concorrência chinesa. No Brasil, o governo considera a possibilidade de impor um imposto para compras internacionais de até US$ 50, uma medida influenciada pelas declarações de Geraldo Alckmin no final de novembro. Essa notícia teve repercussões nas ações de empresas como Guararapes (controladora da Riachuelo), Marisa, Lojas Renner e C&A.
Apesar dos desafios enfrentados, a Shein demonstrou otimismo quanto ao mercado brasileiro, projetando comercializar mais de R$ 1 bilhão em mercadorias até o final de 2023 apenas por meio de seu marketplace, que, três meses após o lançamento, já contava com 6 mil vendedores e um volume total de vendas próximo a R$ 500 milhões.
Fonte: Neofeed
