Com um invejável catálogo de 220 mil títulos de 840 editoras e 200 milhões de clientes aptos no Brasil, chegou a hora de olhar para fora
O modelo de negócio da plataforma de livros Skeelo resolve dois desafios no mercado brasileiro de livros: distribuição e acesso. Com um catálogo impressionante de 220 mil títulos de 840 editoras e uma base de 200 milhões de clientes, o negócio expandiu e democratizou o acesso à leitura no Brasil através de parcerias corporativas.
Mensalmente, os clientes das empresas parceiras recebem sugestões gratuitas de livros e audiobooks. Aqueles interessados nas ofertas podem baixar o aplicativo da Skeelo para desfrutar das obras em seus dispositivos móveis. Em caso de insatisfação com a sugestão, os leitores têm um prazo para efetuar a troca através do aplicativo.
Os fundadores, Rodrigo Meinberg e Rafael Lunes, conseguiram consolidar a estratégia no último ano, registrando um faturamento de R$ 100 milhões, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. O ano de 2023 foi marcado pela inclusão da venda de livros físicos na loja virtual, além do lançamento de clubes do livro e estratégias para envolver os leitores.
Agora, a Skeelo almeja expandir para além das fronteiras brasileiras e busca crescer na América Latina. A intenção é seguir o modelo que transformou a Skeelo na principal plataforma de livros digitais do país.
“Queremos democratizar a leitura digital em países latinos por meio de parcerias corporativas”, afirma Rafael Lunes, VP da Skeelo.
O funcionamento do Skeelo, fundado em 2019, começou com parcerias comerciais com as principais operadoras de telefonia celular no Brasil, oferecendo o aplicativo de livros como parte dos serviços para assinantes de planos pós-pagos. Bancos, operadoras de televisão por assinatura e montadoras também se tornaram parceiras, totalizando 70 até o momento.
O extenso catálogo abrange obras de diversas categorias, com destaque para “Administração, Economia e Negócios”, “Literatura e Ficção” e “Romance”, entre as mais consumidas.
Pelo modelo de negócios da Skeelo, a receita provém das empresas parceiras, permitindo que os clientes dessas empresas leiam um livro por mês gratuitamente.
“Nosso modelo não gera custos adicionais para o usuário. Ao longo dos quatro anos da Skeelo, foram mais de 1.3 bilhões de minutos consumidos”, destaca o CMCO André Palme.
Além da parceria corporativa, o Skeelo possui uma loja virtual com um acervo de 150.000 obras físicas e digitais para venda direta aos clientes, proporcionando uma experiência mais completa, embora essa iniciativa represente atualmente apenas 10% dos acessos.
Diante do sucesso no Brasil, os fundadores acreditam que é hora de a Skeelo mirar novos mercados internacionais. O desafio é encontrar parceiros comerciais em países latino-americanos que compartilhem as características do Brasil.
“A maior barreira é o idioma. Apesar disso, estamos procurando países continentais onde os livros digitais ainda têm baixa penetração”, destaca o VP.
Argentina e México estão entre as principais apostas, embora a empresa ainda não tenha confirmado nenhum país. O próximo passo deve ser anunciado no final do primeiro semestre. Até lá, a empresa está concentrada em envolver os 8 milhões de clientes ativos, visando um crescimento de 15% em 2024.
“No último ano, criamos clubes e desafios de leitura que quebraram o recorde de acessos da Skeelo e atraíram mais pessoas para a plataforma”, conclui o VP.
Fonte: Exame
