A taxa de desocupação no Brasil diminuiu para 7,6% no trimestre que encerrou em outubro, conforme os dados mensais da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), recentemente divulgados pelo IBGE. Houve uma redução de -0,3 ponto percentual em comparação com os três meses anteriores, marcando a menor taxa desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015.
O país atualmente conta com aproximadamente 8,3 milhões de pessoas desocupadas, indicando uma diminuição de 3,6% (261 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. No mesmo período, a população ocupada atingiu 100,2 milhões de pessoas, representando o maior contingente desde o início da série histórica em 2012. O nível de ocupação do país foi estimado em 57,2%, apresentando um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho.
Os empregados com carteira assinada no setor privado totalizaram 37,4 milhões, o que também representa o maior contingente desde janeiro de 2015. Houve um crescimento de 1,6% (mais 587 mil) em comparação com o trimestre anterior e um aumento de 3% (1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões, refletindo um aumento de 1,3% (mais 317 mil) em comparação com o trimestre anterior. Os empregados sem carteira no setor privado permaneceram estáveis, totalizando 13,3 milhões.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre. A taxa de informalidade permaneceu relativamente estável em 39,1% da população ocupada.
O rendimento real habitual atingiu R$ 2.999, representando um crescimento de 1,7% no trimestre e 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde na série histórica, totalizando R$ 295,7 bilhões, com um aumento de 2,6% em relação ao trimestre anterior e 4,7% na comparação anual.
O crescimento é atribuído à expansão contínua entre os ocupados com carteira assinada, que geralmente têm rendimentos mais altos. Quanto às atividades econômicas, o único grupo que apresentou crescimento entre os trimestres foi o de Transporte, armazenagem e correio, com uma expansão de 3,2% ou mais 172 mil pessoas.
Entretanto, na comparação anual, houve aumento em quatro dos grupos analisados pela pesquisa: Transporte, armazenagem e correio (5,4% ou mais 283 mil pessoas), Alojamento e alimentação (7% ou mais 365 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2% ou mais 508 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5% ou mais 439 mil pessoas).
Fonte: Uol