Apesar de ter havido uma queda de 3,4% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, os dados mais recentes indicam uma estabilização da situação. Em junho, embora o varejo tenha registrado uma redução de 4,2% no volume de vendas em comparação com o ano anterior, a comparação mensal sazonalmente ajustada mostrou apenas uma queda de 0,1%, o que indica uma estabilidade. Essa é a conclusão da 6ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que divulga mensalmente dados sobre o setor e foi divulgado nesta quarta-feira (12). O estudo é realizado pela Stone, uma empresa de tecnologia e serviços financeiros.
O levantamento utiliza a metodologia proposta pela equipe de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que desenvolveu um modelo semelhante de indicador econômico nos Estados Unidos. O objetivo é analisar mensalmente os dados de varejistas de pequeno a grande porte e fornecer um panorama do varejo nacional.
De acordo com o levantamento, todos os setores investigados apresentaram queda no volume de vendas no sexto mês do ano: hipermercados e supermercados (14,5%), tecidos, vestuários e calçados (3,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%), material de construção (2,2%), móveis e eletrodomésticos (1,9%), artigos farmacêuticos (1,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).
Segundo o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli, essa desaceleração do setor durante o primeiro semestre foi bastante evidente ao analisar os dados mensais. No entanto, é importante ressaltar que o último mês do semestre apresentou sinais significativos de estabilização, o que melhora as perspectivas para o restante do ano. O especialista destaca a adaptabilidade e a resistência demonstradas pelo comércio varejista ao longo do ano como aspectos positivos a considerar.
Fonte: Super Varejo
